quinta-feira, 26 de agosto de 2010

QG lança debate com experts

Além do nossso blog, o QG Retail Lab, promove debates com experts em varejo sobre assuntos críticos do varejo como modelos de negócio, formatos, comportamento do consumidor, sustentabilidade e gerenciamento de categoria.

Já até saiu na imprensa. Em nota no Vox News

O primeiro palestrante foi o Maurício Morgado, professor da FGV e ligado ao CEV - Centro de Excelência em varejo. Ele também tem um blog bacana sobre o varejo que vale a pena conferir.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tendências e Inovações no varejo

O Retail Lab fez uma palestra para o Grupo de Planejamento do RS e para o Break Publicitário. Se você dar uma olhada no conteúdo, está tudo no slide share:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Abaixo as embalagens – Um mercado chamado Unpackaged


Evolução do movimento "I'm Not a Plastic Bag", o minimercado londrino Unpackaged prega o conceito Precycle: combate radical ao excesso de embalagens.

Unpackaged vende produtos a granel e incentiva que seus clientes tragam de suas casas potes, sacolas e caixas. Na verdade, vale qualquer recipiente como embalagens antigas, jarras, tupperware e até mesmo garrafas de água vazias para carregar grãos. Caso o cliente se esqueça de levar o seu recipiente, pode comprá-los na própria loja.

Vencedor do Ethical Awards, do periódico The Observer, a loja prioriza fornecedores locais, foca seu sortimento em alimentos orgânicos, produtos de limpeza “eco” e outros artigos amigáveis ao meio ambiente.

Woot! – Um produto por dia


Não basta disponibilizar itens de forma conveniente aos clientes, varejistas também tem o papel de curadores de produtos. Woot! é um varejista online e uma comunidade que foca em encontrar “itens cools” e vendê-los barato, muito barato! Mas como o próprio slogan "one day, one deal” mostra, é só um por dia.

Meia-noite.
Milhares de compradores regulares e visitantes acessam o site todo dia, pouco antes da meia-noite, e começam a clicar freneticamente o botão atualizar para serem os primeiros a comprar a oferta anunciada. O número de unidades em estoque não é anunciado até que se esgote. Com itens sendo vendidos por aproximadamente 1/3 do preço, 27% das vendas ocorrem na primeira hora após a ofeta ir ao ar.

A força da comunidade.
Woot! tem 300 mil usuários registrados desde fevereiro de 2006 e sua comunidade é uma parte importante da popularidade atingida pelo site. Centenas de comentários são postados sobre os itens em oferta, o que proporciona segurança a compradores menos experientes.

iBood
Como Woot! não envia produtos para locais fora dos Estados Unidos, iBood (internet's best online offer daily) enxergou a oportunidade e criou um serviço semelhante para países europeus.
Se quiser saber mais, confira o site da Woot!: http://www.woot.com

Yotel – Hotel-cápsula em aeroportos


Yotel é um hotel desenvolvido para modernos e ocupados viajantes de negócios que estão em trânsito. A referência foi o hotel-capsula do Japão, mas o desafio foi criar um conceito que tivesse aceitação no ocidente.

Com foco em viajantes de negócios, decidiu-se refletir o conforto da classe executiva, com espaços pequenos, mas luxuosos, que são maiores do que as cápsulas japonesas e menores que um quarto de hotel usual.

Localizados próximo aos portões de embarque, os espaços são simples, confortáveis e decorados de uma forma minimalista e futurista, iluminados por uma luz quente e roxa.

Os preços dos quartos (também chamados de cabines) variam de 35 a 60 euros por um período de quatro horas (+ 8 euros por hora adicional). A reserva pode ser feita por internet ou na própria entrada do Yotel.

O sucesso do formato é tão grande que o Yotel irá inaugurar sua primeira propriedade fora de aeroportos em 2011. Serão 669 cabines, na Times Square, em Nova York.

Trunk Club – Modelo de negócios para a venda de roupas


A marca Trunk Club é direcionada a homens que não possuem tempo - nem conhecimento ou paciência - para encontrar as roupas certas e estar atualizado com a moda.

Para solucionar o problema, a empresa disponibiliza consultores de estilo ou “personal shoppers” focados em encontrar o que o usuário precisa.

Para aumentar a conveniência, o serviço é totalmente online. Os consultores utilizam a webcam e o Skype para analisar o usuário e escutar suas necessidades. São feitas diversas perguntas para entender o perfil do consumidor: questionamentos relacionados ao trabalho, frequência a eventos formais, saídas à noite, lazer e até se a esposa gosta das roupas que ele veste. Ainda perguntam a cor preferida, clima onde o usuário vive e a abertura a experimentar visuais mais ousados.

Depois do encontro virtual com o personal shopper, o Trunk Club envia ao usuário uma caixa com diversas sugestões de roupas e acessórios. Enquanto o cliente experimenta a roupa, o consultor assiste a tudo pela webcam, dando dicas e alertando o que funciona e o que não. O melhor é que o cliente só paga pelas roupas que ele ficar. O que não quiser é enviado de volta, sem nenhum custo.

Não há mensalidades e o tempo do consultor é gratuito. Mas o serviço não é exatamente barato, pois o Trunk Club utiliza marcas premium e de designers. Cartões para presente começam em 250 dólares. Os custos são semelhantes ao que se gasta em lojas de departamento high-end.

Há ainda o serviço de entregas regulares de meias e cuecas chamado Manpacks.com, com preços entre 11 e 40 dólares mensais.

Há algum tempo, discute-se que vender roupas pela internet é algo bastante difícil ou até inviável, devido à necessidade que o consumidor teria de experimentar o item antes de comprá-lo. O Trunk Club mostrou uma forma de ultrapassar essa barreira, focando em um nicho e oferecendo um produto de alto valor.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

MPreis - O supermercado sexy


MPreis, uma rede de supermercados da Áustria, foi descrita pela revista inglesa Wallpaper como "The Seriously Sexy Supermarket" - algo como “O supermercado realmente sexy”. As lojas da companhia se destacam por causa de sua arquitetura ousada e impactante.

MPreis trabalha com um time de 30 arquitetos, a maioria deles da própria região, os Alpes Tiroleses. Em vez de replicar um único formato inúmeras vezes, a rede de supermercados incentiva seus arquitetos a criar projetos personalizados que tirem o máximo proveito da beleza natural dos Alpes.

A preocupação estética continua dentro das lojas, materiais cuidadosamente escolhidos e espaços como cafés que proporcionam um ambiente mais intimista. A experiência do consumidor vai além do design: MPreis também investe para apresentar a história da própria marca, enfatizando o fato de ser uma empresa familiar e de ter sido fundada por uma mulher (Frau Therese Mölk) nos anos 20.

Surpreendentemente, os preços não são maiores do que os dos competidores na região. Pesquisas realizadas com seus consumidores apontam que há uma percepção de que sua qualidade e sortimento são superiores aos da concorrência.

Segurança eletrônica que também ajuda no marketing


A segurança nas lojas tem sido um assunto corrente nos fóruns de redução de perdas. Softwares inteligentes como o IntelliVid lançado pela Plastrom Sensormatic, analisa todos os movimentos dos clientes na loja e envia alertas para um operador em caso de comportamentos suspeitos.

Além de oferecer proteção e segurança, o IntelliVid ainda auxilia o marketing na medida em que indica os locais com maior fluxo e produtos mais “mirados” pelo cliente. Avalia ainda os “hot spots”, conseguindo traçar a rota mais utilizada pelos clientes dentro da loja, dados muito relevantes para programar promoções e ações que estimulem a compra. Segurança, no mínimo, inteligente!

Fairtrade - Ovos? Somente os de galinhas criadas fora da gaiola


Na onda do “pós-orgânico”, a terceira maior rede de supermercados da Inglaterra, a Sainsbury, passou a vender somente ovos de galinhas criadas fora de gaiolas. A mesma atitude foi adotada pelas redes concorrentes Marks & Spencer e Waitrose.

No entanto, não é apenas uma campanha para promover alimentos saudáveis. Trata-se de mais uma ação do programa Sainsbury’s Fairtrade. O foco do programa é proporcionar uma negociação justa com produtores marginalizados de países em desenvolvimento. Para cumprir esse objetivo, a marca criou a Fairtrade Foundation, instituição que pretende criar awareness, aprofundar o conhecimento e ampliar as vendas de produtos certificados Fairtrade.

Sensação em Lisboa - Loja só oferece marcas 100% fiéis à origem


Muitos consumidores modernos se sentem desconectados. A maioria não possui qualquer ligação com as pessoas que fazem os produtos que utilizam, que costuram suas roupas ou cultivam seus alimentos. Podem nem saber o local do mundo onde esses trabalhadores residem.

Por isso, surgem pressões de consumidores para combater esse anonimato e por soluções que conectem o comprador e vendedor de uma forma mais direta.

A Vida Portuguesa, em Lisboa, percorreu o leque de marcas típicas de Portugal e criou uma loja dedicada a produtos que resistiram à pressão de se adaptar aos ventos da mudança. O varejista oferece apenas marcas que são únicas a Portugal, são feitas à mão e que se mantiveram fiéis às suas embalagens originais.

A empresa nasceu de uma investigação da jornalista Catarina Portas sobre os produtos antigos portugueses. Em 2004, esses produtos foram reunidos em caixas temáticas com o nome “Uma Casa Portuguesa”. Em 2007, renasceu com uma nova chancela: “A Vida Portuguesa”.

Eleita pela revista Time Out como uma das dez lojas mais originais de Lisboa, a marca agora faz parcerias com seus fornecedores para desenvolver produtos exclusivos dentro do conceito de autenticidade.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Combate às filas: os benefícios do self checkout


A maior reclamação de consumidores (no Brasil e no exterior), especialmente em lojas do formato soft e hard discount, é a demora nos caixas. Uma das soluções mais discutidas nos últimos anos é a implantação do self checkout.

Comum em supermercados de grandes cidades europeias e norte-americanas, os self checkouts ainda estão em teste no Brasil. A pesquisa “Global EPOS and Self Checkout 2009" da Retail Banking Research afirma que o número desses dispositivos deve quadruplicar mundialmente até 2014, alcançando 430 mil unidades.

“Inovação” para os brasileiros, a máquina que lê códigos de barras, pesa hortaliças e aceita cartões e cupons existe há quase 20 anos. A primeira experiência foi feita em 1992 pelo Chopper Supermarkets, em Clifton Park, Nova York.

Se por um lado há economia de espaço, de custos trabalhistas, facilidade de adequação aos layouts atuais das lojas e, principalmente, agilização do atendimento que segundo especialistas pode chegar a ser 20% quando se combina checkouts tradicionais e o self checkout, há também preocupações quanto à aceitação e educação do consumidor ao utilizá-lo.

O modelo de self checkout está em evolução paulatina, pois é uma mudança cultural. Assim como aconteceu em bancos, a implantação do ATM durou anos, mas acabou se tornando familiar e até demandada pelos usuários.

Walmart: Self checkout para portadores de necessidades especiais

Adentrando no submundo para comprar sanduíches


Mais do que alimentação, food service é entretenimento. O que fazer, então, para tornar a mera compra de um sanduíche em algo realmente intrigante? Ben Sargent, “The Lobster Pusher Man”, fez com que a aquisição de seus produtos simulasse uma operação do “mercado negro”, com dissimulação, contatos furtivos e entrega em calçadas e esquinas.

Consumidores interessados na mercadoria (o sanduíche de lagosta) devem se tornar membros de um grupo no Facebook e postar no mural o interesse pelo produto. Os pedidos são conduzidos por SMS e as entregas são feitas de forma bastante discreta nos locais pré-determinados.


O conceito (polêmico!) é simular a operação de compra de drogas. O serviço começou de forma bastante informal, com divulgação boca a boca. No começo, Ben servia seus rolinhos de lagosta diretamente do porão da sua casa. Rapidamente evoluiu para esse modelo que envolve redes sociais e celulares e faz entregas com uma Vespa em qualquer ponto de Manhattan, não importando se é em um endereço formal ou na porta de um bar, esquina de uma rua ou em um parque da cidade.

Vending machine ativada pelo sorriso


As vending machines são os ícones da gratificação instantânea. No entanto, ao se priorizar a conveniência, pode-se perder um pouco da experiência lúdica da compra. A Unilever tenta resgatar o momento de encantamento ao se comprar um sorvete e, por isso, desenvolveu a primeira vending machine ativada por um sorriso.

A tecnologia é sofisticada, mas o conceito é muito simples: basta se postar em frente à máquina, sorrir e, se o “medidor de sorriso” (smile-o-meter) der o OK, o usuário ganhao sorvete na hora.

A ação chamada “Share Happy” utiliza reconhecimento facial para captar o sorriso das pessoas. Os usuários podem também mandar seu sorriso para o Facebook e compartilhar com seus amigos. Apresentada no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, a máquina será distribuída em pontos de fluxo de diversas cidades do mundo nos próximos 18 meses.

Sound Shower® - Som direcional no ponto-de-venda


Áudio no ambiente de varejo é um recurso que requer atenção. Pode ser uma ferramenta poderosa para ambientação e promoção, mas também ter o feito contrário quando está tão baixo que se torna ininteligível ou tão alto que atrapalha as conversas. A novidade é que pode-se customizar diferentes áudios, mesmo em um único espaço aberto.


Avanços recentes em soluções de som direcional permitem aos designers de loja “esculpir” a experiência de áudio para cada consumidor, individualmente. Companhias como a finlandesa Panphonics disponibilizam alto-falantes e sistemas de som com foco muito restrito. Com essa solução, um consumidor em frente a um display ouve claramente uma mensagem e alguém ao seu lado não escutará nada. A aplicação chama-se Sound Shower® e tem sido utilizada em quiosques, lojas, bancos e espaços públicos como museus.