quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NRF 2012: Must see - New York City Retail

Uma das melhores partes da NRF não está na NRF. Está nas lojas de rua de Manhattan. Afinal, em um lugar com o metro quadrado mais caro do mundo, cada centímetro tem que ser muito bem pensado - o que faz surgir lojas extraordinárias e soluções inovadoras para o varejo.




A própria NRF oferece um tour e o escolhido foi o “Must See – New York City retail “Pop-up, Especialty and Others. Os tours focam nas novidades de cada ano, por isso alguns conceitos sensacionais, mas apresentados anteriormente - como o da Eataly <http://qgretail.blogspot.com/2011/01/eataly-sensacao-de-nova-york.html> – raramente são repetidos.



Vamos, portanto, aos destaques do Shop Tour 2012.





Uniqlo








A flagship, inaugurada na quinta avenida, é como um cassino. Você vai fundo e quando vê já se perdeu lá dentro.











As escadas e os video walls seduzem os usuários para que eles entrem fundo em cada corredor. Escadas com iluminação especial e displays de produto conseguem realizar a mágica de fazer as pessoas deixarem a escada rolante de lado e subirem por elas.











Outro destaque é a estratégia de exposição do material de comunicação. Há relativamente pouco espaço para a exposição das peças de marketing, por isso quase toda a comunicação rotaciona nos displays digitais.
















David´s Tea





Com uma pequena loja, aberta recentemente no número 275 da Bleecker Street, a boutique de chás canadense já foi listada entre os 45 novos negócios “cool” da cidade pela revista Business Insider.














O que faz a David´s Tea especial não é apenas a imensa variedade e acessórios cool vendidos na loja. O que impressiona é que muitos produtos não são nomeados pelo sabor, mas por uma experiência. Há aqueles que prometem um “passeio nas montanhas” e até “uma noite no cinema” – chá que contém até pipoca em sua formulação.












Treasure & Bond










Essa loja conceito da Nordstrom parece um “flea market” de mercadorias descoladas e com preço premium. Contudo, ela não pode ser confundida com mais uma loja que vende um lifestyle completo, da decoração da casa às roupas.













O que realmente diferencia a Treasure & Bond é que 100% de seu lucro é repassado a instituições de caridade, posicionamento retratado em todos espaços da loja.














World´s Smallest store












Pisque e perca de vista. Esta não é do Shop Tour da NRF, mas uma dica da revista Time Out.



A loja de 5 metros quadrados, que fica no número 131 da Christopher Street, oferece mercadorias de designers locais a preços que nunca superam os USD 150.



A loja, que na verdade é um porão (não reformado), foi concebida por Ivan Youngblood, proprietário e antigo vendedor de rua da Union Square. A Time Out aconselha ao consumidor ligar antes de aparecer, pois os horários da loja são tão imprevisíveis quanto a mercadoria disponível na loja.






Ace Hotel










Varejo é comunidade. E o Ace Hotel levou essa máxima a outro patamar quando reformou sua propriedade no número 20 da rua 29.



O espaço foi todo pensado para tornar-se um local de encontro e trabalho para nova-iorquinos. Começando pelo Wi-Fi gratuito e um bom café, a rede de hotéis planejou uma área aprazível para que os usuários pudessem vivenciar o lifestyle do hotel e sentirem-se parte da cena descolada da cidade.













A experiência começa logo na recepção, que mais parece uma loja, pois está circundada de mercadorias escolhidos que representam o aspecto cosmopolita da cidade (e o gosto dos proprietários da rede).













Toda a decoração foi feita utilizando designers locais e obras de artistas da região. Há até uma galeria de arte no local.



Sob o aspecto de estratégia varejista, ressalta-se que o Ace não fez isso tudo sozinho. Ele integrou todo um ecossistema de negócios vizinhos e de dentro do hotel - restaurante, loja de roupas, oyster bar, coffee shop, confeitaria e academia – para proporcionar essa experiência cosmopolita ao usuário.




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

NRF 2012 - Ralph Lauren: mantendo moderna uma marca clássica

“Não vendemos roupas. Criamos histórias que inspiram você. Vendemos uma entrada para um mundo de sonhos. (...) Um estilo de vida que remete a experiências de curtir uma propriedade da nobreza inglesa, esquiar em Vermont, fazer safáris na África, curtir o aberto de Wimbledom...”














David Lauren, vice-presidente de marketing da Ralph Lauren Corporation, contou como a marca foi pioneira em utilizar entretenimento/storytelling e criar de soluções como “merchantainmet” para ser relevante em um mundo online.


David falou também sobre o backstage, os conflitos e as dúvidas decorrentes da decisão estratégica de mergulhar no marketing digital.


“Não entramos no mundo online para vender roupas de forma conveniente e com preço menor. Seria mais fácil abrir um outlet”. Para a companhia, mais do que uma plataforma transacional, a web é vista como um espaço essencial para contar boas histórias, e foi seguindo essa crença que eles criaram um dos melhores cases de engajamento utilizando novas tecnologias.




Eles foram os primeiros a publicar um guia de estilo na internet. Algo muito além do catálogo de produto, pois traz conteúdo relevante sobre o lifestyle da marca como dicas de especialistas em moda, entrevistas com celebridades e jornalistas do segmento.
Uma das primeiras vitrines interativas da história foi feita pela Ralph Lauren para uma ação no US Open. Anos depois desenvolveram vitrines 24h para que o cliente pudesse navegar pela coleção da marca mesmo após as lojas físicas terem fechado. A marca também foi uma das pioneiras em colocar QR Code em anúncios, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.








Para comemorar 10 anos de seu site, realizaram um evento histórico chamado Ralph Lauren 4D em Londres e depois em Nova York, que consistia em uma projeção espetacular em cenários abertos das cidades.
Essa foi decisivamente uma das melhores sessões com foco em marketing. David Lauren mostrou como o uso de branded entertainment foi essencial para reenergizar a ligação entre a marca e seus seguidores, atrair novos fãs e gerar experiências inspiradoras integradas ao ponto-de-venda.

NRF 2012: Marcas de elite em “Conscious Capitalism”










Whole Foods, The Container Store, Zappos.com, Trade Joe. Todas ícones mundiais em inovação, branding e bons resultados nos negócios- mesmo em períodos de crise como esse- são também marcas profundamente amadas por seus consumidores, funcionários e mesmo fornecedores.




Uma das razões para tanto amor (!) tem um nome: “Conscious Capitalism”. Todas elas têm em seu DNA o que mais tarde ficou conhecido como sustentabilidade.









Na sessão desta manhã, Walter Robb, CEO da Whole Foods, e Mark Tindall, fundador da Container Store, falaram sobre suas experiências e pensamentos relacionados ao tema.





Para eles, o modelo é bastante simples e é suportado por 4 pilares: Um propósito superior; Liderança consciente; Cultura corporativa; Companhia orientada para os stake holders.
Dentre os exemplos apresentados, chamou a atenção a proposta de valor e o modelo gestão da Whole Foods que descrevo em detalhes abaixo.
Democracia radical



A abordagem de gestão da Whole Foods mistura democracia com disciplina, confiança com responsabilização e comunidade com uma feroz competição interna. É a habilidosa justaposição desses valores equilibrados que torna o sistema de gestão da empresa excepcionalmente eficaz e difícil de reproduzir.




Os departamentos de cada loja têm poder na Whole Foods, a unidade organizacional básica não é a loja, mas pequenas equipes com poder de decisão, que recebem um grau de autonomia quase sem precedentes no varejo.




Cada loja é composta de cerca de oito equipes que supervisionam os departamentos, de frutos do mar aos hortifruti e ao pagamento no caixa.






Pequenas equipes decidem sobre a operação. Pequenas equipes são responsáveis por todas as decisões operacionais-chave, incluindo fixação de preços, realização de pedidos, provimento de pessoal e promoção nas lojas. Veja o caso da seleção de produtos. Os líderes de equipe, em consulta com seus gerentes de loja, têm liberdade para estocar qualquer produto que eles considerem que atrairão os clientes locais.

As lojas são encorajadas a comprar localmente, contanto que os produtos estejam dentro dos padrões rígidos da Whole Foods. Como resultado, cada loja vende um mix de produtos exclusivo.
Em essência, cada equipe opera como um centro de lucros e é avaliada pela produtividade de seu trabalho. Embora os parceiros tenham muita autonomia, também têm a obrigação de prestar contas.

Produtores locais são prioridade
Para valorizar os laços locais, a Whole Foods presta ajuda técnica e até financeira para seus fornecedores locais. A varejista até hospeda feiras de rua no seu próprio estacionamento, mesmo que os produtos representem uma concorrência com aqueles vendidos no supermercado.

NRF 2012: Como serão os próximo 5 anos no varejo

Em sessão organizada pela Shop.org, divisão de varejo digital da NRF, Mith Joel, presidente da Twist Image e autor do best-seller “Six Pixels of separation” falou sobre os movimentos que influenciarão o varejo nos próximos 5 anos.










#1 - Relacionamento direto
Quem tem relacionamentos tem o poder. Tradicionalmente, as marcas dependem do varejista porque é ele que possui a conexão com os compradores. Não é sem motivo que a Apple criou sua Apple Store para ter uma conexão direta com o consumidor



#2 - Sexo com os dados
Mensuração de resultados é poesia para quem lida com marketing online. O que temos hoje são toneladas de dados, isolados em cada canal (e-mail, banners, redes sociais) que não conversam entre si, nem permitem a visão do consumidor como uma entidade única.




A intimidade com os dados será o grande driver para vencer a concorrência. Mith Joel destaca o Price Check da Amazon – ferramenta que permite ao consumidor comparar os preços da loja física com os preços online. Soluções como essa são assustadoras para varejistas, não apenas porque eles podem perder aquela venda específica, mas porque isso dará um incrível poder de entendimento do mercado a Amazon.
#3 - Utilidade (ou morte)
Se ninguém está instalando seu aplicativo, clicando no seu banner, acessando seu website, o problema não está nas pessoas, mas na relevância de suas ideias.



#4 - Passivo vs. Ativo
O futuro da mídia não será um caminho linear em direção ao domínio das mídias interativas e há uma boa razão para isso. Pessoas não querem estar ativas o tempo inteiro em seu consumo de mídia.
Mídias passivas como TV têm um papel fundamental nos momentos de relaxamento de grande parte da população hoje em dia. Por esse motivo, a adoção de inovações como a Apple TV, Google TV, não será tão rápida quanto se imagina.




#5 - Uma única tela
Tablets, TV, telefone. Há muito debate sobre um mundo de 3, 4, 5 telas, mas a única tela que importa é aquela que está na frente do consumidor no momento.

NRF 2012: Awards

Todo ano, a NRF distribui três grandes prêmios a varejistas que se destacaram no ano anterior.







O primeiro desses prêmios é o Customer Choice Award, ação que celebra varejistas que verdadeiramente colocam seus clientes em primeiro lugar. Os vencedores são eleitos a partir de uma pesquisa realizada com mais de 9.300 consumidores nos Estados Unidos.



E o grande vencedor deste ano é a Amazom.com. Uma empresa que se mantém líder na definição da experiência de compra online. A lista completa do Top 10 vem abaixo:



1- Amazon.com, Inc.
2 -L.L. Bean, Inc.
3 - Zappos.com
4 - Overstock.com
5 - QVC, Inc.
6 - Kohl’s Departament Stores, Inc.
7 - Lands’ End, Inc.
8 - JC Penney
9 –Newegg.com
10 -Nordstrom, Inc.

Os outros dois prêmiados são eleitos pelo board de diretores da NRF:



Varejista inovador do ano: John Mackey e Walter Robb, ambos Co-CEO da Whole Foods.

Varejsita inter do ano: Angela Ahrendts, CEO da Burberry.
Para nós, profissionais de comunicação, o mais bacana desses prêmios é saber quais as marcas que estão fazendo um bom trabalho e utilizar seus casos como benchmark ou inspiração para ações desenvolvidas no Brasil.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

NRF 2012: Loja 3.0 - a próxima evolução

Logo na abertura dos trabalhos aconteceu a apresentação de uma pesquisa inédita. A Deloitte mostrou um estudo feito em setembro de 2011 com líderes do varejo mundial sobre o papel da loja do futuro.







Em um ambiente de volatilidade e mudança tecnológicas, oferecer “experiências de marcas encantadoras” foi a frase apontada como a mais importante pelos executivos do setor, com 85% de concordância.



Essa frase é apenas um dos inúmeros sinais de que a loja física mudará rapidamente de um ambiente transacional para um local de vivência de experiências.




Lojas físicas x online?


Não é uma questão de uma OU outra, mas uma E outra. Para David Jaffe, presidente da Ascena Retail Group, lojas online e lojas físicas são complementares, não excludentes entre si. O consumidor pode até usar as duas simultaneamente quando acessa o site do varejista por meio de seu smartphone dentro da própria loja física. É essa complementaridade que propiciou a abordagem Omni-Channel.

Não se trata de usar a última tecnologia, mas a tecnologia certa.


Expectativas estão altas. Jaffe exemplificou que suas clientes tweens se acostumaram a comprar músicas com apenas um click. Para elas esse é o padrão. Contudo, a implementação de novas tecnologias para ampliar os serviços prestados ao consumidor deve estar baseada na realidade de cada negócio.


Um exemplo são os iPads na mão dos vendedores. iPads são bacanas, mas também caros. Ascena introduziu iPads para que os vendedores pudessem navegar no site da companhia e vender pelo website caso o produto não estivesse na loja. Entretanto, poucas vendas foram geradas por esse meio. O consumidor queria apenas saber se havia estoques do produto online ou em outras lojas.

NRF 2012: o futuro da loja de departamentos mais velha da América do Norte

Bonnie Brooks, presidente e CEO da Hudson, falou sobre a evolução da sua rede de loja de departamentos fundada em 1970 e como ela foi recentemente reformulada para ganhar vitalidade e retomar o status e a relevância cultural que eles haviam perdido.

A transformação se deu em 3 pilares: a reforma dos ambientes das lojas, a reinvenção do modelo de serviço para que o cliente não mais se sinta desassistido ao entrar em uma de suas lojas (programa “client first”) e inovação para atrair novos consumidores, pessoas que talvez nem comprem em lojas de departamento .

NRF 2012: Offline é o novo online





Depois de um período de perspectivas nebulosas para as lojas físicas – surgiram até previsões de que as lojas virariam meros showrooms de produtos – o varejo presencial consegue reverter expectativas e vem se tornando um dos principais focos de inovações.



Diversas tecnologias relacionadas à construção de experiências de marca únicas e memoráveis fervilham em todo o ecossistema do ponto de venda.
Consolidado o que palestrantes de diversas sessões mostram, seguem abaixo as ferramentas mais quentes associadas ao ponto de venda anteriormente conhecido como offline.

Realidade aumentada








Particularmente útil para o comércio eletrônico, pois permite aos consumidores “experimentar” os produtos online (ex.: tirar medidas do corpo, mudar a decoração da sala etc), as soluções de R.A. são usadas para expandir o conceito de loja física.


Um exemplo conhecido é o premiado caso da loja da Tesco no metrô da Coreia, mas há muito mais sendo feito por aí. A Airwalk usou a tecnologia para lançar pop-up stores virtuais em diversos parques de skate dos Estados Unidos.

Nova geração de vitrines interativas


Telas navegáveis como se fossem grandes iPads são tecnologias de primeira geração. Há muitas novidades nessa categoria como os displays transparentes que permitem ao usuário navegar na própria vitrine da loja, sem que se perca a vista do outro lado do display.




Utilizando uma tecnologia análoga ao Kinect do Xbox, uma academia chamada Bally Total Fitness criou um grande buzz com displayes quem podem ser comandados por seus alunos apenas com gestos.

Avatar


Os clientes já podem ser recebidos e orientados por avatares de vendedores que são projetados em uma tela no formato humano.
QR Code


QR code não precisa se restringir às etiquetas das gôndolas, anúncios ou aos cartazes das lojas. A JC Penny lançou uma ação de natal com gift tags chamada Santa Tag. Por meio de QR code na embalagem dos pacotes o presenteado pode acessar mensagens de texto, voz ou mesmo um vídeo gravado por quem deu o presente.

NRF 2012: Bill Clinton elogia Brasil em sua palestra

Filas gigantescas, pessoas em pé e no chão, filme emocional sobre a história da Clinton Foundation, plateia com olhos marejados. Um verdadeiro espetáculo do 42° presidente dos Estados Unidos.

Nessa que foi provavelmente a sessão mais cheia da história da NRF, Bill Clinton falou sobre estarmos em um mundo mais interdependente, mas também mais instável, desigual e não sustentável.










Logo no começo Clinton solta: “We’ve got a lot of Brazillian here today” e complementa “o Brasil é uma excelente aposta para o futuro e um dos países mais interessantes do mundo”.
Surpreendentemente, o Brasil cresce de forma robusta e conseguiu reduzir em 75% a destruição do meio ambiente. Somos a nação mais sustentável do mundo, temos um clima político estável, mas há desafios.



Como estamos crescendo como loucos precisaremos de mais energia e os últimos locais com potencial hidroelétrico estão na Amazônica. Há preocupação também com o crescimento das áreas plantadas de cana de açúcar que podem forçar o desmatamento de áreas para outras atividades agropecuárias.





Falando sobre o cenário norte-americano, Clinton defendeu o papel dos imigrantes na formação e no crescimento dos Estados Unidos, devendo facilitar a entrada de estrangeiros qualificados para suprir a falta de técnicos e talentos em diversas áreas. Um pensamento que certamente seria útil também no Brasil.

domingo, 15 de janeiro de 2012

NRF 2012: As novas regras do varejo.





Começou neste domingo o maior congresso de varejo do mundo. Organizado pela National Retail Federation (NRF), o evento atrai 22 mil pessoas do mundo inteiro a Nova York para trocar conhecimentos e, claro, fazer negócios.

As novas regras do varejo
Esse é o tema da conferência deste ano e, se há novas regras, intui-se que os modelos antigos estão com problemas.




Bom, isso tem sido verdade em boa parte dos países desenvolvidos que enfrentam grandes dificuldades para superar a crise econômica. O que torna tudo isso mais interessante é que as estratégias clássicas de crescimento estão baseadas em populações jovens, crescentes e com poder de consumo, um cenário cada vez mais raro em países com taxas de natalidade desabando.



Já o Brasil surfa uma onda diferente, ainda não queimamos nosso bônus demográfico e apenas recentemente nos tornamos um país de classe média. Temos o luxo de crescer e ainda observar o laboratório de novos modelos de negócio fervilhando em países maduros. Por esse motivo a NRF tem sido um evento cada vez mais inspirador.

NRF 2012: Crowdsourcing é a nova forma de engajamento no varejo

A oferta de personalização e customização marcou uma era como ferramenta para engajamento de consumidores no varejo. No entanto, o que se discutiu nessa sessão é que Crowdsourcing tem se mostrado uma forma ainda mais poderosa de provocar envolvimento.







Para exemplificar a tendência, Kerry Cooper, CMO da Madcloth e Tom Ryan, CEO da Threadless subiram ao palco para falar de seus modelos de negócio.
A Madcloth foi criada com a proposta de democratizar a moda não apenas na questão de preço, mas na própria forma como os produtos são desenvolvidos e divulgados.

Com o programa “Be a Buyer”, os próprios usuários do site escolhem os produtos que serão comercializados por meio de votações no site. Os resultados são surpreendentes: os itens do programa “Be a Buyer” têm sido vendidos duas vezes mais rápido do que os itens regulares.
Há até um programa para que os usuários do site deem os nomes dos produtos e das coleções. Os compradores e designers apresentam um “concept board” da coleção com fotos de produto e referências que os inspiraram para receber as contribuições dos clientes.


Mas a participação dos usuários não termina aí. A marca oferece incentivos para as pessoas postarem comentários e fotos dos looks utilizando os produtos comprados. Segundo Kerry, fotos de pessoas reais, em situações reais, são bem mais úteis para orientar outros consumidores do que imagens de modelos produzidos.



Em tempo, nada de Facebook, a rede social preferida deles é o Instagram devido à linguagem despojada e à criatividade demonstrada nas imagens

Já Tom Ryan, CEO da Threadless, falou sobre seu negócio de camisetas criadas a partir de layouts enviados pelos usuários - até o momento mais de 120 mil pessoas enviaram designs ao site.
O ritmo de lançamentos é alucinante. São 12 modelos apresentados duas vezes na semana, o que dá motivo para os consumidores voltarem frequentemente ao site para ver novidades.


Assim como na Madcloth, os usuários mais ativos, aqueles que votam para escolher os modelos de camiseta mais bacanas são considerados a chave do sucesso da companhia. Para Tom eles são até mais importantes do que os consumidores do site.