quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A nova tendência dos supermercados online


No boom da internet, diversos empreendedores lançaram supermercado online buscando o relativo sucesso alcançado em outras iniciativas de comércio eletrônico como os sites de vendas de livros e os de leilão.


Contudo, inúmeros sites fecharam e os empreendimentos sobreviventes se reposicionaram para a venda de eletroeletrônicos ou se tornaram negócios de nicho, em grandes cidades, densamente povoadas. E isso foi um fenômeno global, observado em países tão diferentes como Estados Unidos, França, Inglaterra e Brasil.

Iniciativas como a Amazon Fresh, que tem operado em Seatle há um ano, e testes como o do Walmart to Go, no norte da Califórnia, são sinais de uma crescente movimentação na categoria.


Ajustes nos modelos de negócio estão sendo feitos para diminuir os custos das entregas. Há roteiros pré-determinados para diminuir a quantidade de deslocamentos das vans e até um formato híbrido no qual o próprio consumidor faz a compra online, mas passa em um drive-through para receber as mercadorias.

Há também um sistema de terceirização como as do Shop 'n Save e Dierbergs que não possuem vendas online, mas realizaram parcerias com a Groceries to Go que se responsabiliza por essa parte do negócio.


Tem-se também observado uma evolução no comportamento dos consumidores que beneficia a categoria. Compras online, que costumavam ser atividades relacionadas a itens de maior valor ou de maior envolvimento como passagens aéreas, filmes ou mesmo presentes, se aproximaram de itens mais mundanos como cereais matinais e massas.

Muito disso tem sido atribuído a uma geração de jovens que, acostumados a fazer quase tudo online, transferiram esses hábitos para diversos aspectos da vida adulta, incluindo a compra de supermercado.

Sustentabilidade: loja canadense só vende refil


Parte do movimento sustentável que busca e redução do uso de embalagens surge em Vancouver, British Columbia, The Soap Dispensary .

Inaugurada em outubro último, a varejista se autodefine como uma loja especializada em detergentes premium, limpadores e produtos para cuidados pessoais. Possui uma ampla gama de sabão biodegradável, adequado para crianças, pets e pessoas com pele sensíveis ou alérgicas, além de hidratantes, sabonetes, shampoos, deteregentes e removedores.

Para complementar sua proposta de valor, a empresa também oferta embalagens reutilizáveis de vidro ou plásticos e até workshops sobre produção caseira de produtos e economia doméstica.

RadioShack: o reposicionamento de uma loja para nerds



A RadioShack sempre foi vista como uma loja atraente para "nerds", radioamadores e consumidores cujo hobby é lidar com equipamentos técnicos para som.

No entanto, para se aproximar da geração que cresceu atraída por iPods (portanto, mais focada pela música e pelo lifestyle do que em algo como um kit “monte seu próprio rádio”), a varejista passou por um processo de re-branding, que eliminou o Radio do nome, se tornando “The Shack”.

Segundo o blog Customer Experience, a experiência está obtendo bons resultados. A rede de 4.700 lojas nos Estados Unidos e México obteve um faturamento 23% maior no terceiro trimestre de 2011 e um lucro 6% mais alto.

Aldi: sucesso com limitação radical de sortimento


Em vez de tentar atrair um consumidor já bastante sobrecarregado com a avalanche de estímulos em um mercado com ainda mais escolhas, a rede de descontos Aldi construiu um império global, oferecendo apenas de 1.000 a 1.500 itens (sendo que um supermercado típico possui até 30.000 itens), com preços próximos ao do atacado.

Para manter os preços baixos, a Aldi foca em ofertas de marcas próprias e limita seus pagamentos em dinheiro ou no cartão de débito.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Selfridges: loja conceito para shoppertainment


Em Birmingham, Reino Unido, uma loja da rede Selfridges destoa de qualquer supermercado ou loja de departamento tradicional.

Chamado de Hall of Food, o local apresenta-se como um mercado moderno no qual todos os visitantes se sintam em casa. Em tempos de padronização de formatos para ganhos de escala, a varejista tomou o caminho inverso para se destacar na paisagem. Em cada departamento, de cada andar, um designer pôde utilizar sua criatividade, sem qualquer restrição, policy ou guideline. O resultado é uma das lojas mais impressionantes do atual cenário europeu.

Varejista cobra entrada de consumidores


No coração de Copenhagen, em uma das pequenas ruas de Stroeget, fica da Tage Anderson. Um renomada loja de arranjos de florais que mais parece uma mini-galeria de arte.

Com seus 25 m2, em dois andares, a loja não suporta grandes grupos de visitantes, por isso os proprietários decidiram cobrar ingressos de pessoas que querem entrar na lojas. Devido à ambientação e qualidade dos produtos comercializados, o espaço se tornou uma verdadeira atração turística.

Waitrose e Amazon mostram o preço dos concorrentes


Propaganda comparativa, carrinhos de compra com produtos comprados no concorrente na entrada da loja, pesquisas públicas de preço são táticas usuais de varejistas que pretendem demonstrar sua agressividade em preços baixos. Recentemente, novas ideias têm emergido de mercados competitivos como o britânico e o estadunidense.

Segundo relatórios do Retail Group, a rede de supermercados britânica Waitrose iniciou uma política de colocar os preços do seu concorrente abaixo de cada produto. Dessa forma, o cliente não precisa visitar múltiplas bandeiras para procurar o preço mais baixo.


Já a varejista Dixons decidiu-se por uma tática para capturar vendas dos varejistas online ou mesmo dar segurança ao cliente que consulta sites para comparação de preços, mas que gosta de comprar no varejo físico. A loja de produtos eletrônicos garante bater qualquer preço encontrado na internet e ainda desafia o consumidor a encontrar um preço mais baixo em materiais de merchandising espalhados na loja.

Já a Amazon implantou o aplicativo Price Check no seu site e em aplicativos. A ferramenta permite ao shopper escanear códigos de barra de um produto para comparar o preço da Amazon e dos concorrentes sem necessidade de entrar em um site comparador. Se quiser, o usuário pode usar o próprio celular para efetuar a compra.

Amazon usa lojas de conveniência 7-Eleven para entregas


Parte considerável do preço dos produtos comercializados no varejo corresponde ao valor da entrega de produtos. Varejistas físicos podem eliminar parte desses custos oferecendo retirada na própria loja ou diretamente em seus estoques.


Por meio de uma parceira com a rede 7-Eleven, a Amazon pretende melhorar sua distribuição em ambientes físicos e cortar custos. Trata-se do InStore Pickup Locker, uma solução que combina os serviços de “guarda-volumes” e de caixa postal que fica localizada nas lojas de conveniência do seu parceiro. Para acessar o conteúdo desses “guarda-volumes”, basta utilizar um código especial recebido no momento da compra online e digitá-lo na hora de recolher a mercadoria.