terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Especial NRF: marcas líderes e melhores práticas em 2010

Quais são os varejistas e marcas inspiradores e que devem ser observados de perto? O destaque hoje do Big Show 2011 da NRF foram varejistas que chamaram a atenção em 2010 por suas inovações e capacidade de satisfazer seus consumidores.

Top 10 do varejo em 2010

O Customer’s Choice é uma premiação oferecida pela NRF com base em uma pesquisa com consumidores americanos. O estudo aponta as 10 experiências de varejo em 2010, com o enfoque em inovação e qualidade de serviço.

And the Winners are:
1) Zappos.com
2) Amazon.com
3) L.L.Bean
4) Overstock
5) Lands’ End
6) JCPenney
7) Kohl’s
8) QVC
9)Nordstrom
10) Newegg.com

Além da escolha dos consumidores, há a premiação das marcas escolhidas pelos experts em varejo da própria NRF. Os escolhidos nesta prestigiada eleição foram:
# Medalha de Ouro do Varejo: THE CONTAINER STORE.
# Varejista Inovador do Ano: URBAN OUTFITTERS.
# Varejista Internacional do Ano: ARCADIA GROUP.
Atenção para esse último. Grupo proprietário de marcas como Topshop, Topman, Burton e Miss Selfridge anunciou, durante o evento, a chegada ao Brasil em 2011!

Os melhores 30 minutos do dia de uma criança

Após atingir o fundo do poço, a Disney repensa seu negócio de varejo e lança um novo modelo de loja. O momento da virada foi em 2008 quando o negócio não ia bem em diversas partes do mundo e 50% da rede de lojas estava completamente defasada – de fato, elas eram baseadas em um design descontinuado 12 anos antes, em 1996!
O primeiro passo foi responder a pergunta: Por que ter um negócio do varejo se o Grupo Disney possui uma série de negócios bem-sucedidos, incluindo seu grande portfólio de produtos licenciados que também estavam presentes em diversos varejistas? Por que gerenciar um negócio tão complexo que requer administração de 5 línguas, 4 moedas e legislação diferentes em diversos países? A resposta é que a rede de lojas representa muito mais do que apenas mais um negócio. Trata-se de um dos principais pontos de contato da marca e seus fãs, dentro e fora dos parques, o equivalente a 1,8 bilhão de impressões (impactos) de mídia por ano.
Com o papel do negócio definido, a Disney recriou toda a proposta da loja a partir do conceito “os melhores 30 minutos da vida de uma criança”. Um dos destaques da mudança é o intenso uso de tecnologia, tanto nas experiências interativas para os usuários finais quanto na gestão do negócio. Um exemplo é a substituição de displays de papel por monitores digitais, o que permitiu que as campanhas de marketing de todoas as lojas, em todos os países, possam ser geradas e atualizadas instantaneamente a partir do quartel general da Disney.
Os resultados do “revamp” foram tão bons que todas as lojas do mundo migrarão para esse novo conceito. O índice de usuários que recomendariam a loja para outras pessoas chega a 99%.

Varejistas do Brasil servem de modelo


Duas sessões quase simultâneas abordaram aspectos diferentes do sucesso brasileiro no varejo. No painel dedicado às melhores práticas do varejo nos mercados emergentes, a loja “virtual-física” do Magazine Luiza e o Super Casamento (coletivo) das Casas Bahia foram apontados como benchmark global de ações de relacionamento com a baixa renda.

No entanto, em uma temática nova para as companhias brasileiras, a Track & Field mostrou os desafios de lançar uma marca de varejo brasileira no mercado internacional. O case destacado foi o da implantação de sua loja de vestimentas esportivas na Madison Avenue, em Nova York. Questões legais, conceituais, de mix de produto, meios de pagamento, entre outras, tiveram que ser superadas em um curto espaço de tempo. Uma das inovações que surgiram no processo foi a forma de estocar os produtos que deveria ser completamente diferente do que é feito no Brasil devido às limitações de espaço e ao número de vendedores. Criou-se então uma espécie de tubo de plástico oxibiodegradável que compõe um mural colorido na loja. A solução foi tão bem aceita que ganhou 2 prêmios de design.
A sessão foi encerrada por Graham Luck, consultor da GPL Real State, que auxiliou a Track & Field nas questões imobiliárias, o que talvez tenha sido o maior dos desafios. Como ele mesmo disse: “em uma nova loja pode-se ajustar e mudar quase tudo, o layout, o mix, a comunicação, o gerente, mas não o endereço“.

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